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A deficiência de alfa-1 antitripsina (AATD) é uma doença genética que se manifesta por enfisema pulmonar, cirrose hepática e, mais raramente, por paniculite. AATD é caracterizada por baixos nÃveis séricos de AAT, principal inibidor de proteases (PI) no soro humano.
A prevalência na população geral da Europa Ocidental é de aproximadamente 1 em 2.500, e depende, em grande medida, do número de pessoas de origem escandinava na população.
Os alelos deficientes mais comuns na Europa do Norte são PIZ e PIS, e a maioria dos indivÃduos com AATD grave são homozigostos para o alelo Z (PI*ZZ). As manifestações clÃnicas podem variar amplamente entre os doentes, alguns podem ser assintomáticos e outros podem apresentar uma doença hepática ou pulmonar fatal. Os fenótipos ZZ e SZ são fatores de risco para o desenvolvimento de sintomas respiratórios (dispnéia, tosse), enfisema de apresentação precoce e o aparecimento de uma sÃndrome obstrutiva no inÃcio da vida adulta. Fatores ambientais, como o tabagismo e a exposição ao pó, são fatores de risco adicionais e estão relacionados a uma progressão acelerada da doença. O fenótipo ZZ nos pacientes afetados por AATD, também pode levar ao desenvolvimento de uma doença hepática aguda ou crónica na infância ou na vida adulta: icterÃcia prolongada após o nascimento, com hiperbilirrubinemia conjugada e enzimas hepáticas anormais, são sinais clÃnicos caracterÃsticos. Cirrose com insuficiência hepática pode ocorrer por volta dos 50 anos. Em casos muito raros, pode ocorrer paniculite necrotizante e vasculite secundária.
A AATD é causada por mutações no gene SERPINA1 (14q32.1), que codifica a AAT, e é herdada de forma autossómica recessiva..
Cobertura obrigatória quando for solicitado por um geneticista clÃnico, puder ser realizado em território nacional e for preenchido pelo menos um dos seguintes critérios
a. na assistência / tratamento / aconselhamento das condições genéticas contempladas nos subitens desta Diretriz de Utilização, quando seguidos os parâmetros definidos em cada subitem para as patologias ou sÃndromes listadas.
b. para as patologias ou sÃndromes listadas a seguir a cobertura de análise molecular de DNA não é obrigatória: ostecondromas hereditários múltiplos (exostoses hereditárias múltiplas); Neurofibromatose 1; e Fenilcetonúria.
c. na assistência / tratamento / aconselhamento das condições genéticas não contempladas nas Diretrizes dos itens a e b, quando o paciente apresentar sinais clÃnicos indicativos da doença atual ou história familiar e, permanecerem dúvidas acerca do diagnóstico definitivo após a anamnese, o exame fÃsico, a análise de heredograma e exames diagnósticos convencionais.
OBS relativa apenas ao item c: Os exames realizados por técnicas de pesquisas em painel, tais Comparativa), como MLPA PCR Multiplex, (Multiplex CGH-Array (Hibridização Genômica Ligation-dependent Probe Amplification), Sequenciamento de Nova Geração (NGS), Sequenciamento completo de todos os éxons do Genoma Humano (Exoma) e Sequenciamento do Genoma (Genoma), screening de risco pessoal ou de planejamento familiar em paciente assintomático quando desvinculado de história familiar, não estão contemplados no item “c”.
OBS geral 1: Nas diretrizes de utilização abaixo são considerados:
| Grau de parentesco | Denominação |
|---|---|
| parentes de primeiro grau | mãe, pai, filha, filho, irmã, irmão. |
| parentes de segundo grau | avó, avô, neta, neto, tia, tio, sobrinha, sobrinho, meia-irmã, meio-irmão. |
| parentes de terceiro grau | bisavó, bisavô, tia-avó, tio-avô, prima de primeiro grau, primo de primeiro grau, bisneta, bisneto, sobrinhaneta, sobrinhoneto. |
OBS geral 2: Para as diretrizes de utilização em que o método escalonado contemple a técnica CGH-Array (Hibridização Genômica Comparativa), a resolução mÃnima obrigatória é a densidade de 180k. No caso de plataformas que utilizem apenas SNP- array (Polimorfismo de um único nucleotÃdeo), a resolução mÃnima obrigatória é a densidade de 750k.
OBS geral 3: O sequenciamento por NGS ou Sanger dos exons dos genes associados a cada sÃndrome deve ser realizado na região codificadora do gene ese estender também à s regiões intrônicas adjacentes aos exons (pelo menosseis, idealmente dez nucleotÃdeos imediatamente adjacentes à s extremidades 5' e 3' dos exons).
OBS geral 4: O material inicial a ser utilizado para o sequenciamento é o DNA.
Cobertura obrigatória para pacientes com diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou doença hepática crônica ou paniculite necrosante ou vasculite com anticorpo anti-citoplasma de neutrófilos positivo (ANCA) ou bronquiectasia, quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:
a. nÃveis plasmáticos diminuÃdos de Alfa-1 Antitripsina;
b. presença de inclusões intra-hepáticas positivas para ácido periódico-schiff (PAS);
c. presença de enfisema localizado em lobos inferiores em radiografia ou tomografia de tórax em pacientes com menos de 45 anos.
Critérios retirados das
DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO PARA COBERTURA DE PROCEDIMENTOS NA SAÚDE SUPLEMENTAR
publicada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) - Ano 2018.
Pesquisa das variantes S e Z por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em gel de agarose ou por eletroforese capilar do gene SERPINA1.
| Código | ANS | Descrição | Prazo | Detalhes |
|---|---|---|---|---|
| LN1039 |
ANS
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MUTAÇÕES Z E S NO GENE SERPINA1 - [LN1039] | 15 dias corridos | Saiba Mais |