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Diagnósticos Genéticos

ACONSELHAMENTO GENÉTICO

QUANDO ENCAMINHAR SEUS PACIENTES PARA ACONSELHAMENTO GENÉTICO?

 

Aconselhamento Genético (AG) é um processo de comunicação sobre problemas humanos, associados com a ocorrência ou risco de recorrência de uma doença genética na família, através do qual os pacientes e/ou parentes que possuam ou estão em risco de possuir uma doença hereditária ou de ter filhos com doença genética são informados sobre as características da condição, a probabilidade ou risco de desenvolvê-la ou transmití-la, e as opções pelas quais pode ser prevenida ou minimizada.

 

5 ETAPAS DO ACONSELHAMENTO GENÉTICO

 

As etapas da consulta são, geralmente, cinco: Anamnese (tomada de informações), exame físico (se pertinente e/ou necessário fazer ou confirmar um diagnóstico), investigações (solicitação de exames genéticos complementares), elaboração das hipóteses diagnósticas e preparação de um relatório final (laudo). Vejamos os detalhes de cada etapa.

 

A) Anamnese - é um questionário verbal cujos dados serão usados para a construção do heredograma (árvore genealógica/mapa genético da família). A anamnese é pessoal e familiar, meticulosa na pesquisa de ambos os lados da família. É essencial que os pacientes obtenham informações com parentes: há história familiar de doença genética/hereditária? De mortes ou problemas ocorridos no período pré-natal, neo-natal ou infância, por defeitos congênitos (causas, idade na data do óbito)? Há história familiar de retardo mental? A paciente, sua mãe, sua sogra ou parentes próximos tiveram abortos repetidos? Quantos e em que época da gravidez? Houve exposição a drogas e teratógenos antes destes eventos? Há consangüinidade na família? Qual a ascendência étnica? Um dos cônjuges tem filhos de outro casamento e, em caso positivo, são saudáveis?  A anamnese é detalhada e pode ser demorada.

 

B) Exame físico - Exame físico minucioso do paciente afetado, se for necessário fazer ou confirmar um diagnóstico. Análise de fotografias da infância do paciente afetado ou de parentes falecidos com o problema genético também é realizada.

 

C) Exames complementares - Podem ser necessários e solicitados, por exemplo: exame de cariótipo (cromossomos) de alta resolução em sangue (criança ou casal); exames bioquímicos para doenças metabólicas; exames moleculares em DNA para diagnósticos de síndromes genéticas específicas; triagem para erros inatos do metabolismo; exame dos cromossomos fetais em vilos coriais ou líquido amniótico, durante a gravidez.

 

D) Hipóteses diagnósticas - O aconselhamento genético visa estabelecer se o problema é genético ou não, se é cromossômico ou não, se é monogênico, poligênico ou multifatorial. Isto permitirá estabelecer o padrão de herança da doença naquela família específica. Se preciso, profissionais de outras especialidades médicas acompanharão o paciente no futuro.

 

E) Laudo - O paciente deve retornar ao médico que solicitou o Aconselhamento Genético, levando o relatório escrito (laudo) do caso.

 

O que é o Aconselhamento Genético Pré-Natal?

Os principais motivos para procurar um geneticista durante a gravidez são a idade da mãe igual ou acima de 35 anos à época do parto, assim como o resultado anormal de um ultrassom fetal ou da avaliação bioquímica do risco fetal. História pessoal ou familiar de uma doença hereditária e/ou genética já diagnosticada ou suspeitada, assim como malformação de uma criança anterior também tornam essencial a consulta. Além disto, o diagnóstico de  anormalidade de cromossomos (cariótipo alterado), de retardo mental ou retardo de crescimento em outros filhos ou parentes também motivam a consulta. Em certos casos, uma gestante tem uma condição médica conhecida, temendo que ela possa afetar o desenvolvimento de seu bebê. Por exemplo: parentesco com o marido, predisposição étnica para certas doenças genéticas, exposição a drogas, teratógenos, raios X ou vacinas etc tornam necessária a consulta genética. É também recomendado o Aconselhamento Genético para casais que tiveram filho natimorto ou neomorto sem diagnóstico, casais que tiveram e/ou têm um filho com malformações, doença metabólica ou retardo mental de causa inexplicada. A mesma recomendação da necessidade da consulta genética se aplica a casais inférteis, casais com duas ou mais perdas de gravidez, casais que pretendem se beneficiar das novas técnicas de reprodução assistida, principalmente se a mulher tiver 35 anos ou mais.

Os objetivos do aconselhamento genético pré-natal são aprincipalmente ajudar a paciente e seus familiares a conhecer quais são os exames fetais disponíveis durante a gestação e as vantagens e limites de cada um. Ajudar o casal a compreender os fatos médicos, incluindo o curso provável de uma doença que for suspeita ou já diagnosticada no feto, e as condutas disponíveis; avaliar como ocorre a hereditariedade para o distúrbio diagnosticado no feto; compreender as alternativas para lidar com recorrência; abordar posições apropriadas para a evolução da gestação, de acordo com as metas do casal, padrões éticos, morais, religiosos e econômicos. Deve ser discutida a melhor maneira de adaptar-se ao nascimento e à vida de um membro afetado na família.

Aconselhamento Genético

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